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Abstract

Este artigo analisa a natureza em mudança das relações entre os meios de comunicação social e a chefia da polícia. Com base em estudos prévios (Greer & McLaughlin, 2010), usamos os conceitos de «estrutura inferencial» (Lang & Lang, 1955) e «hierarquia da credibilidade» (Becker, 1967) para analisar o «julgamento pelos media» do antigo comissário do Serviço da Polícia Metropolitana (MPS), Sir Ian Blair. Centramo-nos na reação coletiva e fundamentalmente hostil por parte dos media à declaração de Blair em 2005, que afirmara que: (a) os media são culpados de «racismo institucional» na sua cobertura dos homicídios; e (b) que os homicídios de duas crianças de 10 anos em Soham, 2001, receberam níveis desproporcionados de atenção por parte dos media. Um longo período de aniquilação simbólica na imprensa britânica generalista estabeleceria uma «estrutura inferencial» que definiu Blair como comissário «dado a gafes»: a sua posição na «hierarquia da credibilidade» foi destruída e foi-lhe retirada a legitimidade no cargo. A demissão sem precedentes de um comissário da MPS insere-se num contexto mais abrangente de «jornalismo de ataque» e na crescente «política da indignação» nos meios de comunicação social.

Publication Type:	Article
Publisher Keywords:	Hierarquia da credibilidade, Estrutura inferencial, racismo institucional, notícias 24/7, Política da indignação, Soham, Julgamento pelos media
Subjects:	H Social Sciences > HM Sociology N Fine Arts > NE Print media
Departments:	School of Policy & Global Affairs > Sociology & Criminology
SWORD Depositor:	Symplectic Administrator

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